domingo, 25 de maio de 2008

Ciberjornalismo


O ciberjornalismo apresenta-se à comunidade jornalística como uma plataforma na qual é repensado todo o contexto que envolve a produção noticiosa. É, ao contrário daquilo que se fazia até agora, um jornalismo de e para a web.

Este tipo de jornalismo nasce de moldes digitais e é desenvolvido para que o seu produto final tenha o mesmo destino. Como tal, tem como conceitos base a hipertextualidade, interactividade, a multimédia e o dinamismo de conteúdos. É, de facto, este o princípio em que se baseia o ciberjornalismo: na convergência de aplicações, conteúdos, tecnologias, que podem compor, de uma maneira bem mais eficaz e apelativa, uma notícia web.

Esta pode ser constituída por diferentes elementos multimédia (imagem, som, texto, vídeo) que conferem um dinamismo especial às matérias publicadas, restruturando não só as rotinas de quem lê, mas principalmente as de quem produz. Isto porque cada vez mais as notícias são trabalhadas tendo em conta o molde em que são apresentadas.

Outra vantagem deste tipo de jornalismo explica-se pelo carácter instantâneo dos conteúdos. Pela facilidade oferecida pelo computador e meios digitais (em termos de escrita, pesquisa, publicação, actualização e acesso), esta é uma característica tão importante quanto útil.

No entanto, como resume o Professor Hélder Bastos em entrevista ao DN, "O ciberjornalismo está numa fase rudimentar em Portugal". Com efeito, tendo em conta as portas que este novo paradigma pode abrir ao jornalismo actual, a aposta na inovação podia ser bem mais significativa no nosso país. Faltam incentivos, falta capacidade de inovação e de consciência nas possibilidades do ciberjornalismo.

O mais importante é que, quando essa consciência for ganha, não se perca o rumo e a percepção de que, apesar dos milhares de oportunidades de inovação, se continua a fazer jornalismo e que, em termos éticos, os valores a respeitar devem ser os mesmos.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Computer Assisted Journalism



O CAJ, ou Computer Assisted Journalism (Jornalismo Assistido por Computador), representa uma nova Era de fazer jornalismo, com tudo o que isso implica em termos dinâmicos, organizacionais e de rotina. Esta Era caracteriza-se pelo uso exclusivo do computador na actividade jornalística desde o início da investigação à publicação do produto final.

Enquanto que anteriormente os jornalistas “dependiam de entrevistas, telefonemas, bibliotecas e arquivos governamentais”, actualmente, sob a perspectiva do CAJ, esses profissionais recebem a ajuda do computador. Esta nova ferramenta possibilita toda uma série de novas oportunidades, que advêm dos conhecidos pontos fortes dos computadores e, mais recentemente, da internet.

Inicialmente, o computador veio colmatar as dificuldades de rigor levantadas pela máquina de escrever: muito mais imediato, rápido, eficaz e tolerante, o aparelho tornou-se vulgar, neste âmbito, no processo final de redacção dos frutos do trabalho jornalístico. Agora, esta inovação é aproveitada para acompanhar todas as etapas de trabalho, beneficiando da sua capacidade de armazenamento (dimensão e facilidade de acesso).

Nesta forma de produzir notícias, é ainda de mencionar a importância da difusão da informação bem como o cruzamento da mesma. Essa teia informativa é que vaipossibilitar a constituição de fontes, confirmações de factos, datas, locais, etc. A partir daí, tira-se partido da oferta organizativa do computador na compilação e tratamento de dados.



No entanto, talvez a melhor vantagem desta nova geração jornalística será as possibiliddades criadas com a mudança dos moldes em que tudo é apresentado, uma vez que “com base na convergência entre texto, som e imagem em movimento, o webjornalismo pode explorar todas as potencialidades que a internet oferece, oferecendo um produto completamente novo: a webnotícia.”. Um exemplo flagrante disso mesmo será o JPN, que já constrói notícias estruturadas a partir dessa dinâmica de utilização de vários suportes