sexta-feira, 18 de abril de 2008

Twitter



Para quem não está dentro do assunto, este conceito pode ser bastante confuso. No entanto, a realidade é que a dinâmica desta ferramenta típica da web 2.0 é bem simples. Tudo se baseia num princípio de rede social cibernáutica, que associa a "teia de amigos" característica do Hi5 ao imediatismo de um chat.

Em poucas palavras, o utilizador, depois de se registar no site, pode convidar amigos para fazer parte da sua rede e começar a fazer updates no seu perfil. Esses updates consistem em mensagens de até 140 caracteres, que servem simplesmente para ir dando pequenas informações aos amigos acerca do que se está a fazer no momento (o próprio slogan do programa é a pergunta "What are you doing?"). Os amigos podem receber a informação da actualização por messenger, e-mail ou sms.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Web 2.0

O que é?

O conceito web 2.0 tem vindo a ser maioritariamente apresentado como a nova geração da web tradicional, ou, como muitas vezes já é referida, a web 1.0. Com efeito, assenta num pressuposto de evolução dinâmica, oferecendo muito mais ferramentas e oportunidades aos cibernautas.
O termo nasceu em 2004, numa conferência entre duas grandes empresas do panorama cibernáutico, a O’Rilley Media e a MediaLive International e propunha uma designação para uma conjuntura de larga expansão da web, caracterizada pelo crescimento anormal do número de sites.


A partir daí, o termo generalizou-se, devendo-o em parte à facilidade que a empresa Google oferece. Tim O’Rilley, fundador da O’Rilley Media, descreve a web 2.0 como uma mudança de paradigma no que diz respeito ao contexto actual do espaço cibernáutico. Assim, a Internet é hoje muito mais do que uma simples plataforma estática de informação, sendo, pelo contrário, um contexto cada vez mais móvel e dinâmico de fluxos de comunicação, caracterizado pela inversão do papel do usuário.


Este ganha uma importância acrescida nesse fenómeno, adquirindo um carácter muito mais interventivo e participativo no processo e na criação e melhoramento do espaço.



Tudo se baseia nessa máxima de dinamismo, sendo que a net deixou de ser imóvel, passando a ser um verdadeiro contexto social em permanente movimento e desenvolvimento. Nasce com isto o conceito de personalização do espaço online, que está intimamente ligado com o papel activo do usuário no mesmo.


Os cibernautas têm a possibilidade de construir o espaço onde se movem, criando assim “a sua própria net”. Um exemplo flagrante deste facto é o site da BBC, em que os visitantes podem fazer a pré-selecção dos temas noticiosos que desejam visualizar. Por outras palavras, constroem a sua própria página.



O mesmo se aplica, a uma escala superior, ao princípio utilizado na tão popular Wikipedia, em que os internautas são eles próprios os redactores das matérias existentes; são eles os inventores do ciber-campo que coabitam.






A nova web: ferramentas e possibilidades


Obedecendo a este sistema, começa também a haver uma divisão cada vez mais prática do software e ferramentas utilizadas em cada um dos dois tipos de web: há a consciência de que o site (plataforma de conteúdo predominantemente estático) está a ser ultrapassado e substituído pelo blog e pelo portal (lugares que dão espaço a uma muito maior dinâmica comunicacional entre as partes integrantes da comunidade cibernáutica).


O blog favorece, de facto, um feedback muito mais imediato e, por isso, eficaz, uma vez que incorpora um princípio de “resposta à actualização”; o conceito de publicação é, segundo Tim O’Rilley, substituído por participação, pressupondo essa mesma interacção no ciberespaço.


Além disso, e resumindo um pouco o referido, deixa de se reconhecer o conceito de “stickness”, ou inflexibilidade de conteúdo, passando a utilizar-se “syndication”, ou distribuição de informação.


Este é, aliás, um dos conceitos-chave que pode introduzir o estudo ou análise das principais ferramentas que a web 2.0 disponibiliza aos utilizadores. Todas elas partilham do objectivo de facilitar e optimizar o uso da Internet pelos cibernautas. No entanto, nesta perspectiva em concreto, surge a tecnologia RSS (Really Simple Syndycation), a qual possibilita, em traços gerais, a subscrição de actualizações de conteúdos de sites escolhidos pelo utilizador (um passo firma para a personalização total do conteúdo da rede).



Nos termos mais objectivos, isto significa que o browser da net deixa de ser a forma mais simples de alcançar a informação que se procura, sendo mais cómodo e eficaz receber essas informações compiladas, que incluem não só actualizações de sites ou blogs mas também previsões de meteorologia, cotações de bolsa, etc.


Outra das ferramentas características deste novo tipo de contexto online, esta reinvenção do ciberespaço em que o usuário participa interactivamente na construção do mesmo, é o serviço de bookmarks online del.icio.us. Este instrumento permite a pesquisa e o arquivo de bookmarks, que podem ser visualizados em qualquer local. Mais do que isso, o del,icio,us, chega a reunir uma verdadeira comunidade de cibernautas, que visitam os arquivos dos outros usuários, partilhando do princípio da interactividade e interacção, apanágio da web 2.0.









Os críticos da web 2.0 prenunciam-se sobretudo relativamente à sua conceptualização. Para eles, a web 2.0 não existe realmente, uma vez que a aplicação de tecnologias que até já existiam seria o rumo natural da evolução da Internet, um passo que mais tarde ou mais cedo se tomaria. O termo não passa, então, de uma clara jogada de marketing arquitectada por grandes empresas do ramo, cujo objectivo é envolverem-se e aos consumidores de Internet numa “nova rodada de negócios e investimentos de alto risco (e resultados questionáveis)”(wikipedia).




Outra pesada crítica que tecem à web 2.0 e suas ferramentas e princípios está, aliás, relacionada com esta nova geração da enciclopédia online, a substituta da britannica online. Reprovam essencialmente os fundamentos que orientaram a sua criação e constante actualização: a velha ideia característica da web 2.0 de que os internautas participam activamente na sua produção e reprodução. O problema reside no facto de, sendo a adição de conteúdos feita de uma forma completamente anárquica, a base científica daquilo que deve ser uma enciclopédia é nula.


Críticas à parte, é inquestionável que esta nova geração de informação cibernáutica, dominada pelas plataformas dinâmicas e cada vez mais acessíveis a partir de qualquer lugar do globo, favorece em muito, pela disponibilidade e diversidade das ferramentas que oferece, o cibernauta, quer seja em trabalho, quer em lazer, ou apenas contacto directo com o resto do mundo.



A verdade é que agora somos todos os criadores da nossa web, sendo que as poucas barreiras ainda existentes na sociedade de informação deixam de existir, ficando a Aldeia Global cada vez mais pequena. Sites como Hi5, Twitter e, como já referi, Del.icio.us, comprovam, entre outros, isso mesmo, abrangendo milhões de usuários e mobilizando outro tanto.Em suma, sem saber, somos diariamente rodeados e servidos por esta tecnologia concebida por nós próprios e que toma proporcões planetárias.

É uma web de e para o utilizador.